quinta-feira, 6 de março de 2008

Turbulência

Às vezes observo as atitudes e reclamações de mulheres próximas com relação a seus companheiros e penso "se eu fosse esse coitado, estaria me suicidando por essas horas".
Há mulheres que nasceram com o dom de serem chatas! A carência (em todos os aspectos) totalmente despejada em seus homens, a pretensão de curar frustrações de toda uma vida com um relacionamento perfeito (mulheres, isso não existe!), a mania que algumas têm de jogar a responsabilidade da própria felicidade no parceiro e por aí vai...
Aí eu olho pra tamanha falta de senso e considero que se eu, que sou do time, fico entediada, imagina os representantes do sexo oposto, pessoas tão práticas que são, como não devem se sentir. Tsc tsc...

Mas não é que, ironicamente, todos os meses eu tenho data marcada pra ter minhas crises também?! Me pego agindo exatamente como aquelas que condeno. Tão melosa, tão grudenta, tão chata e implicante que chega a enjoar a mim mesma. Nem eu me aguento. Ainda bem que são poucos dias. E claro, não é da minha vontade ser assim, durante esse período a que me refiro, os hormônios tomam as rédeas da minha vida. Não preciso nem dizer que me refiro ao período pré-menstrual, certo?
Reclamo de tudo, a carência ultrapassa os limites aceitáveis, qualquer palavra pode me ofender.

Se bem que, abrindo um parentêses aqui, os acessos de fúria e sentimentalismo já serviram para colocar em dia algumas mágoas guardadas.

De qualquer forma, por mais difícil que seja, deixo aos homens um conselho: reclamar do estado em que ficamos nessa época do ciclo menstrual não ajuda muito. Quando a paciência se esgotar, respire fundo e saia pra comprar um chocolate pra ela. Mesmo se ela acordar você num domingo, ao mesmo tempo raivosa e chateada, porque sonhou que foi trocada pela vizinha gorda, velha e fedorenta.