quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Eu já saí!
Não quero mais voltar a ver o mundo de uma janela de vidro. Lá de dentro, nem sentia se estava calor, ou se ventava, não conseguia sentir as gotas dos temporais do final de Março. Lá de dentro, eu não sabia se o ar era perfumado, ou se as arvores ainda dançavam durante a noite. Quando entrei, não imaginava o que estava fazendo comigo mesmo. Por um lado foi bom, pois pude conviver comigo mesmo por um largo período de tempo. Aprendi comigo, chorei comigo e ri de mim. A parte ruim ficou com os dias de solidão extrema e de carência afetiva. Mas passou...
Quando encontrei a saída, graças à equivalência de energias entre mim e o outro, eu saí. E agora que estou fora, não quero mais voltar.
Agora eu sou outro, estou perdido, pois parece que nesse tempo em que eu assistia as horas passarem, eu perdi muito do mundo em que piso. Eu perdi muito, claro! Mas o que eu ganhei foi exatamente o que eu queria. Eu continuo sendo um romântico. E alem de ser romântico, gosto de romantismo.
Interessantemente, é que as pessoas, geralmente, cobram algo que não estão dispostas a dar. E nesse meio tempo, eu quase senti vontade de voltar. Mas não acho que seja saudável, preciso experimentar mais do mundo em que vivo.
Apenas acho que se um recebe carinho, atenção, educação e fidelidade; o mínimo que ele tem de doar é respeito.